sábado, 19 de abril de 2008

Eu:
Criei um – novo – blog.

A tua ausência:
Sobre…?

Eu:
Sobre… ti.

A tua ausência:
Parece que depois de tanto choro e de tanta renúncia, sou alguém importante.

Eu:
Sim, és. Estou condenado a viver contigo. Fazes parte de mim, desde que…

A tua ausência:
Calma. Ela foi embora, mas… tens-me a mim. Ela deixou-te comigo e eu sou boa companheira.

Eu:
Eu sei. Tenho-te a ti, sempre. És demasiado presente, minha eterna camarada.

10 comentários:

luis nuno barbosa disse...

bem, o blog está altamente!

e todas as frases são profundas, sem fim! Parecem ter tanto significado!
aquele que só fala com a ausência de alguém, de alguem que nao foi, mas também nao ficou!

Muito fixe o blog ;)

(fui o 1º a visitar e a comentar :0, bem, já tenho uma história para contar aos meus netos mais tarde!)

luis nuno barbosa disse...

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Anônimo disse...

posso prometer-te uma coisa?


tipo.. posso mesmo? não te chateias?

de mim nunca verás a ausência. não gostei dela na última vez que veio ter comigo e me tentou confortar, me tentou deitar a baixo (e conseguiu, mesmo). mas juntos mandámo-la embora para ela nunca mais voltar!

por isso eu prometo-te que a ausência, entre nós os dois, é um zombie feio e mau que está enterrado em cimento daquele que nem os zombies feios e maus podem quebrar. sim?


gdt *

luis nuno barbosa disse...

posta mais posta mais !

Maria Afonsa disse...

seria também cliché, seria na lógica "dele" sujeita-lo a todas as minhas ideias, ao meu "mundo".



quanto a ti (ao teu texto), nunca ninguem parte inteiramente...

Maria Afonsa disse...

sim, acho que te percebo...

m. disse...

tinham razão quando me disseram que escrevias bem , muito bem mesmo :o

( gosto dessa visão que constróis da tal "ausência" )

MafaldaMacedo disse...

todo o blog está carregado de tanto sentimento! estou fascinada, é linda a ideia do porquê da criação. vou passar mais vezes *

disse...

A 'ausência' magoa tão mais quando passamos o tempo todo – embora inconscientemente – a ansiar um regresso porque simplesmente recusamo-nos a acreditar na partida. Sistematicamente e de uma forma quase obsessiva arrumamos o espaço dos afectos para garantir que ainda há aquele lugar. Só que não damos conta que aquilo que havia sido preenchido – aquele pedaço de ternura que recebemos – no meio de tanta arrumação se vai agigantando. E ganhando um vazio que contorce os músculos e molha os olhos. Há uma falta. Há um vazio a consumir-te. A gritar em teus confins. É assim? :$

Senão fôssemos maniacos obsessivos por arrumações as memórias bastariam quando tudo finda. porque dentro de nós tudo vive o tempo que quisermos. não é? :x

Ana Paixão disse...

Este blog respira sentimento, adorei a ideia, está super original...


...Todos nós vivemos com a ausência de alguém.